Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam na manhã desta quinta-feira (29) o deputado estadual Álvaro Lins dos Santos, ex-chefe da Polícia Civil do governo Anthony Garotinho. O ex-governador do Rio de Janeiro também foi denunciado, juntamente com mais 15 pessoas, pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, facilitação de contrabando e corrupção passiva.
Álvaro Lins foi preso em flagrante, o que ignora sua imunidade parlamentar. Policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão no apartamento de Lins, em Copacabana, e também em um prédio onde morava o ex-governador do Rio, no Flamengo. O MPF decretou prisão preventiva de sete policiais civis do Rio de Janeiro.
A "Operação Segurança Pública S.A." da PF investiga uma quadrilha responsável por facilitar o contrabando e não reprimir a atividade de exploração de máquinas caça-níqueis pelo grupo criminoso de Rogério Andrade. Os envolvidos também são acusados de corrupção ativa e passiva, ligadas diretamente a delegacias estratégicas, principalmente a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.
"O Ministério Público Federal está convicto de que uma organização criminosa atuou durante mais de seis anos no governo do estado do Rio, especificamente na Secretaria de Segurança Pública. Nesse período, um grande grupo de policiais civis sentiu-se livre para intimidar diversos infratores em detrimento da segurança pública. Em várias delegacias, os denunciados faziam vista grossa a condutas ilegais em troca de altas quantias", afirma o procurador regional da República Maurício da Rocha Ribeiro.
O deputado estadual também teria ocultado dinheiro obtido ilegalmente com a ajuda de familiares e outras pessoas.
Data: 03/06/2008