O Brasil ainda precisa vencer obstáculos estruturais até viabilizar o acesso à serviços de órgãos públicos pelo celular. Pesquisa feita pelo Conip, entidade de fomento de tecnologia e inovação no setor público, mostra que, para 94,16% dos entrevistados, faltam aplicações efetivamente focadas em soluções de interesse do cidadão; e para 84,17%, pesam os investimentos na disponibilização massiva de novos serviços públicos em dispositivos móveis.
No caso dos principais empecilhos para a implantação de uma política móvel de serviços, a maioria dos entrevistados, 81,67%, apontou o fato de que 'as instituições públicas não estão preparadas, do ponto de vista gerencial, para perceber os benefícios do M-Gov, nem para gerenciar os processos. Outro obstáculo, citado por 80,42% dos entrevistados, principalmente pelos representantes do setor privado, foi o o custo dos serviços das operadoras.
Por outro lado, a pesquisa também aponta que o setor de Saúde deve ser pioneiro na adoção de mobilidade, principalmente em questões como agendamento e confirmação de consultas, alerta de exames, vacinação, dispensação de medicamentos, fila de transplantes, prontuários e informações ao usuário. Para o estudo, foram entrevistadas 36 empresas, entre operadoras de telefonia, órgãos públicos e empresas do ramo de tecnologia da informação e telecomunicações.
Data: 21/05/2007