Na próxima quinta-feira (29/05), as principais entidades que representam o setor de software, com exceção para a Fenainfo (que não foi citada na relação), se reúnem em Brasília com o objetivo de promover o "I Fórum de Debates do Setor de Software". Será o primeiro encontro com representantes do governo, após o setor ter sido derrotado na nova "Política de Desenvolvimento Produtivo", lançada há duas semanas pelo presidente Lula, quando a principal reivindicação da área: A desoneração da folha de pagamentos com a contribuição patronal para a Previdência, só serviu para supostos grandes exportadores vinculados à Brasscom.
O próprio ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, disse na semana passada que essa entidade "gostou" do pacote de incentivos às exportações do governo, embora o setor de software seja comporto em sua maioria por micro e pequenas empresas que ainda lutam para se firmar no mercado brasileiro.
Velhas bandeiras
Por sinal, essa bandeira de luta ou foi abandonada ou simplesmente ignorada na programação desse evento em Brasília. As entidades que patrocinam o "I Fórum de Debates do Setor de Software" decidiram voltar a resgatar velhas proposições como, "Compras Públicas" e "Capital Humano".
O primeiro item da agenda, ao que conste o Executivo e o Legislativo já resolveram se não o todo, pelo menos parte do problema. As micro, pequenas e médias empresas ganharam o direito á preferência nas licitações do governo. As entidades alegam nota oficial que "é preciso uma definição clara de políticas para compra de software, que deve ser seguida em diferentes níveis do Executivo, Legislativo e Judiciário. A posição do Governo direciona o mercado. E é esta direção que as entidades precisam e querem definir".
Com relação à qualificação profissional, o governo também já concedeu incentivos através do Proimpe - pelo Sebrae, que ficou restrito aos núcleos da Assespro, Fenainfo e Softex, respectivamente nos Estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Brasília. Além disso, os grandes empresários foram brindados com um contrato estimado em R$ 4 milhões, através da Brasscom e da organização não-governamental IBCD - Instituto Brasileiro para a Convergência Digital, para formação de mão-de-obra no inglês.
Neste aspecto, as entidades em sua nota oficial defendem que "é essencial para garantir o crescimento do setor. Considerando que o profissional é responsável por 70% do desenvolvimento do software, as entidades acreditam que é preciso investir na capacitação dos profissionais. Já há uma grande carência de mão-de-obra qualificada e as associações defendem a continuidade do crescimento com aumento no investimento do capital humano. A expectativa é que, atualmente, o mercado já sofra com um déficit de cerca de 50 mil profissionais para o setor de TI como um todo".
As entidades que estão patrocinando o evento são: A Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro), a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) e a Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu). Dentre elas, a Assespro e a ABES foram as que mais investiram juntoao governo, na discussão da desoneração da contribuição patronal para a Previdência, sobre a folha de pagamentos.
O "I Fórum de Debates do Setor de Software, terá inicio às 9 hs do dia 29 de maio, no Hotel Gran Bittar (SHS QD 05 - Bloco A), em Brasília. De acordo com o comunicado oficial expedido pelas entidades.
Estarão presentes o presidente da ABES, José Curcelli; o diretor executivo da ABES, Anselmo Gentile; o presidente da Assespro Nacional, Ricardo Kurtz; o presidente da Assespro-SP, Roberto Carlos Mayer; o vice-presidente executivo da Softex, Arnaldo Bacha de Almeida; o presidente da Sucesu-SP, José Jairo Martins e o presidente da Sucesu-ES (Nacional), Paulo Massara.
*Com informações das entidades do setor de Software"
Data: 26/05/2008