A IBM traz ao Brasil seu sexto laboratório para software de alto desempenho, voltado à prestação de serviços relacionados a aplicativos para grandes empresas. A partir do País, a empresa deve entregar serviços de software para toda a América Latina.
O centro realizará tarefas como o desenvolvimento e testes dos sistemas mais importantes utilizados por grandes empresas fortemente. Ele tem especial importância neste momento ao combinar as duas atividades mais quentes no momento atual da empresa: software e serviços. Estes últimos se tornaram na última década a vocação da gigante americana, desbancando a venda de hardware como o principal negócio da organização. Já a área de software é a que vem crescendo mais dentro da organização. Ela foi ampliada em 5% no segundo trimestre, para US$ 4,2 bilhões. No Brasil, a divisão de software subiu 23% em 2005.
A estimativa é de o crescimento se repetir este ano no mesmo ritmo. Outra tendência sugerida pela instalação do centro consiste na migração da mão-de-obra e prestação de serviços da empresa para os países em desenvolvimento. Antes instalados apenas nos Estados Unidos, Japão e Reino Unido, os laboratórios, chamados pela sigla em inglês HiPods (Laboratório de Soluções sob Demanda de Alto Desempenho), chegam agora aos países em desenvolvimento.
O Brasil é o terceiro da lista a receber unidades do laboratório, que chegaram recentemente também à Índia e à China. Sem revelar os investimentos que serão feitos para instalação e manutenção do laboratório local, o gerente geral da IBM Brasil, Rogerio Oliveira, afirmou que a empresa terá no País num primeiro momento 12 funcionários dentre os cerca de 200 espalhados pelos HiPods em todo o mundo. A empresa possui atualmente 23 mil desenvolvedores de software.
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Segundo Oliveira, os 160 clientes atuais, cerca de 50 deles do exterior, recebem serviços de software prestados no centro da IBM em Hortolândia, no interior de São Paulo. A exportação de serviços realizados no Brasil deve crescer após a instalação do centro.
A IBM Brasil espera dobrar seu volume de exportações neste ano, em relação aos US$ 100 milhões. O laboratório terá importância em reforçar o atendimento a tecnologias emergentes, como testes de infra-estrutura de redes para a oferta de serviços pela IPTV (TV em protocolo de internet), soluções para a nota fiscal eletrônica, acompanhamento de desempenho pela internet para empresas de varejo e distribuição, além de toda a gama de possibilidades que a web 2.0 - a nova geração de serviços e tecnologias de internet - permitirá às empresas. |
Data: 15/12/2006