Pequim, 16 jan (EFE).- Milhares de internautas chineses disseram querer a saída da filial do Starbucks da Cidade Proibida, cartão-postal de Pequim por excelência.
A agência de notícias "Xinhua" informou hoje que a série de comentários na internet contra a presença do Starbucks no Palácio Imperial surgiu depois que o popular apresentador de TV Rui Chenggang defendeu em seu programa a transferência da loja da rede americana especializada em servir café.
"Um Starbucks na Cidade Proibida é uma desgraça para nossa cultura", disse um internauta, que aproveitou para acusar os administradores do monumento de serem escravos do dinheiro.
Outro internauta pediu que a imprensa promova uma campanha para chamar a atenção daqueles que têm poder para tirar o Starbucks do Palácio Imperial.
Mas nem todos concordam com essa postura. "Um Starbucks na Cidade Proibida não pisoteia a cultura chinesa", afirmou um colunista no jornal "Beij ing News", acrescentando que se trata de "um diálogo entre a ideologia capitalista e a cultura tradicional chinesa, o que é comum na China de hoje".
O Starbucks dentro do monumento abriu no ano 2000. Em correspondência enviada a Rui, que a tornou pública, o diretor-geral da rede americana, Jim Donald, disse que foram feitos "muitos esforços para encaixar (a loja) no ambiente da Cidade Proibida".
Em 2002, um restaurante da rede fast-food americana Kentucky Fried Chicken (KFC) foi tirado do parque de Beihai, vizinho da Cidade Proibida e uma das principais atrações turísticas de Pequim, depois de altos funcionários expressarem sua objeção a sua presença no local.