Por Redação, com agências de notícias - de São Paulo
 
A Alfândega do Porto de Santos, órgão da Secretaria da Receita Federal, anunciou nesta terça-feira a retenção oficial de 53 contêineres contendo mercadorias de preços baixos, 90% das quais importadas da China, avaliadas em R$ 2,2 milhões.

De acordo com o inspetor da Alfândega José Guilherme Antunes de Vasconcelos, a maioria das empresas responsáveis pela importação é da cidade de São Paulo, e a carga foi embargada porque elas não apresentaram a documentação necessária, principalmente dados sobre a origem do dinheiro da compra.

As mercadorias começaram a ser desembarcadas no Porto de Santos a partir de outubro e destinavam-se a lojas populares que vendem produtos com preços a partir de R$ 1,99. Os produtos são típicos das lojas de baixo preço, como molduras, baldes, bacias, potes plásticos etc.

Segundo Gonçalves, as compras são de empresas que já estavam sob investigação fiscal, mas nunca haviam feito compras dessa dimensão.

- São empresas que tentaram a sorte, tentaram cometer o ilícito, mas nós conseguimos antecipadamente fazer a apreensão. Nós não detectamos produtos pirateados, falsificados. O problema não era a qualidade dos produtos, mas o subfaturamento da importação e a não comprovação da origem dos recursos -, disse.

De acordo com Gonçalves, é através do subfaturamento e da sonegação dos impostos que essas empresas conseguem vender esses produtos a preços tão baixos.

As mercadorias apreendidas, segundo Gonçalves, provavelmente serão em parte leiloadas e em parte doadas a entidades assistenciais e outras instituições sem fins lucrativos, como os Fundos Sociais de Solidariedade dos municípios.