Marli Olmos
13/02/2007
A onda de expansão do mercado brasileiro atraiu mais uma marca de motocicletas para o país. Um grupo de importadores vai trazer modelos de 100 a 250 cilindradas da Fym, fabricante chinesa, a partir de março, e diz que já estuda a construção de uma fábrica em 2008.
Para o comando da operação foi escolhido um executivo que trabalhou na área de pós-venda dos carros Volkswagen durante 32 anos. Joacyr Drummond é o diretor da Fym no Brasil e na Nova Trade, uma empresa de trading formada por sócios que atuam em áreas como alimentos e metalurgia.
"Do jeito que o mercado está indo, moto será como celular no futuro", diz Drummond. Segundo o executivo, a empresa está estudando áreas entre o Sul e Minas Gerais e São Paulo para a construção de uma fábrica. A Nova Trade promete investir US$ 3 milhões na operação, incluindo o projeto de construção de uma fábrica. A fábrica, afirma, seria uma parceria entre os investidores locais e a montadora chinesa, uma empresa fundada há 40 anos.
O projeto seria feito em conjunto com a empresa chinesa. Por ora, a Nova Trade se prepara para trazer algo em torno de 15 mil unidades, fabricadas na China, para vender no Brasil ainda este ano. Se o projeto industrial der certo, a idéia é produzir a média de 2 mil veículos por mês.
Para testar o mercado, os importadores da nova marca trouxeram 70 motos e entregaram na mão de motoqueiros. As vendas vão começar na região do ABC e Campinas (SP).
Em janeiro, foram vendidas no Brasil - onde a fatia da Honda é de mais de 80% - 133,7 mil motocicletas, crescimento de 53,6% em comparação com igual mês em 2006. O volume superou em 62% o total vendido em dezembro.
Resultado da força das linhas de financiamento e de consórcios, a Associação Brasileira da Indústria de Motocicletas (Abraciclo) prevê para este ano um crescimento de 14% no mercado doméstico, o que significa um total de 1,450 milhão de unidades. A produção deverá atingir uma expansão de 11,3%, num total de 1,600 milhão de motos.Data: 15/03/2007