A China é o país asiático que mais reduz o lucro das empresas com o pagamento de impostos, e o terceiro do mundo, depois da França e Bélgica, informa nesta quinta-feira, 17, a imprensa chinesa, citando o Índice de Gastos com Impostos da edição asiática da revista Forbes.
No entanto, com uma redução de 45% da renda após o pagamento de impostos, os cidadãos chineses recebem pouco ou nenhum serviço básico gratuito, ao contrário dos belgas, com 51% de impostos, e dos franceses, que pagam 53,5%, acrescenta a revista.
O estudo da Forbes reflete o nível tributário mais alto de cada um dos 52 países incluídos na lista e leva em conta critérios como rendas corporativas e pessoais, impostos relacionados com a saúde, a seguridade social do empresário e do empregado e os tributos sobre as vendas.
Como resultado, cada país obtém um índice cujo valor máximo representa maior "gasto com impostos". O índice da França é de 166,8; o da Bélgica, 156,4; e o da China, 152.
O Brasil vem em 13º lugar na lista, com 126,3 pontos, logo à frente de Portugal (124). A Argentina está em sétimo, com 135. Emirados Árabes (18) e Catar (35) apresentam os menores índices.
A China melhorou em 8 pontos em relação ao ano passado, graças a uma recente reforma tributária. A tendência deverá se manter nos próximos anos, afirma nesta quinta o jornal China Daily.
Os analistas chineses ressaltam, no entanto, que o resultado não corresponde à realidade, já que os altos impostos só se aplicam às maiores faixas de renda.
"É obviamente exagerado" dizer que a China tem a terceiro maior carga tributária do mundo, disse An Tifu, analista financeiro da Universidade Popular da China, em sua coluna na internet.
O governo chinês elevou o patamar de isenção de imposto de renda até 1.600 iuanes (US$ 216) e deve unificar o imposto para companhias nacionais e estrangeiras em 25%.
Data: 21/05/2007