Acostumado a perseguir bandidos nas ruas de Manhattan, Mac Taylor, o chefe da equipe de "CSI:NY" vai se ver perseguindo um avatar do mundo virtual Second Life no episódio da série que vai ser exibido dia 24 de outubro na TV americana. A proposta faz parte de uma estratégia do canal americano CBS de atrair um público mais jovem para sua programação.
Criador dos três "CSI", Anthony Zuiker teve a idéia quando leu uma reportagem sobre o universo virtual, em uma revista de bordo. Ele confessa que não sabia nada sobre o Second Life, mas tratou logo de se informar com a equipe que cria os cenários freqüentados pelos avatares.
"É visualmente maravilhoso", disse ele, que fez uma encomenda detalhada aos técnicos. "Queria ter certeza de que o detalhamento seria tanto que, quando o espectador visse, parecesse um novo mundo. Willy Wonka com um toque 'CSI:NY'", contou, citando o dono da "Fantástica Fábrica de Chocolate" para o jornal New York Times.
Já o roteiro foi a parte fácil nessa história. Taylor vai ser apresentado ao Second Life pelos membros mais jovens de sua equipe. Então, usando pistas virtuais, ele acaba entrando no mundo virtual para perseguir o avatar. Aí um novo desafio apareceu: como criar interatividade para os espectadores que quisessem fazer parte desta trama online?
Para isso Zuiker criou três níveis de comprometimento virtual com a série. No site da CBS haverá uma simulação do Second Life com 12 avatares já prontos para os usuários. No nível mais simples, os internautas poderão fazer um tour por Nova York e visitar o laboratório de CSI, onde aprenderão o básico das técnicas forenses.
O segundo nível traz uma cena de crime cheia de pistas. Os 100 usuários que chegarem mais perto do esclarecimento do caso aparecerão no ranking e o vencedor vai ganhar presentes virtuais para seu avatar.
Já o último nível vai transformar os fãs de "CSI" em peritos. Eles vão receber equipamentos de investigação, poderão interrogar suspeitos e terão a oportunidade de resolver o crime do episódio. Ah sim, porque o caso vai ficar sem solução até fevereiro do ano que vem.
Mas que ninguém ache que vai ser esperto o bastante para resolver tudo antes do desfecho na TV. "Se fizer isso, vou punir meu telespectador", pondera Zuiker.
Data: 08/10/2007