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Sensação de anonimato cria 'festa' dos estraga-prazeres na web

O personagem virtual Leeroy Jenkins ganhou fama há alguns anos, depois de destruir o cuidadoso planejamento de jogadores de “World of warcraft”. Durante uma jogada estratégica, ele foi contra tudo o que havia sido combinado e entrou correndo numa sala cheia de ovos de dragão gritando seu próprio nome. Os ovos quebraram, animais furiosos saíram lá de dentro e, nos minutos seguintes, os jogadores xingaram Leeroy o quanto puderam (assista ao vídeo). Se existe um ícone entre os estraga-prazeres da internet, seu nome é Leeroy Jenkins.

Os responsáveis por essas atitudes nos games têm um nome específico: são os griefers, ou aqueles que fazem sofrer. De maneira mais generalista, podem ser chamados de estraga-prazeres ou espíritos de porco. São pessoas que, seguras com a sensação de anonimato existente na web, têm atitudes destrutivas que se manifestam das mais diferentes formas. Seja na sala com ovos de dinossauros, durante eventos no "Second life", nas páginas de recados do Orkut ou em sites criados especialmente para atormentar -- e até prejudicar -- outros usuários.

Clique aqui para ver uma lista com ações de griefers

“Esse tipo de pessoa sempre existiu. Quem nunca encontrou um estraga-prazeres, um fura-fila e também um mala-sem-alça? Esses ‘personagens’ existem fora da internet, e os griefers são apenas a personificação dos estraga-prazeres dentro do ambiente virtual”, explica Gilberto Akisino, diretor-geral da empresa Gamemaxx, que administra o RPG on-line “Cabal”. Na web, muitos dos espíritos de porco agem em grupo: os Patriotic Nigras, por exemplo, soterram os habitantes do “Second life” com cubos, discos voadores ou qualquer outro objeto que eles acharem (in)apropriado.

 

Limites
 
Para Akisino, essas atitudes podem ser encaradas como brincadeira, desde que feitas de forma sadia, sem exageros e dentro de um círculo de pessoas que dêem liberdade para brincar. “A partir do momento que elas passam a interferir em ações ou ambientes de outros usuários, sem seu consentimento, entendo essas ações como um problema. Quando isso acontece, essas atitudes passam a ser intrusivas.”

Especialista em games on-line para múltiplos jogadores, o jogador Eric Araki concorda que a ação dos estraga-prazeres vira um problema quando ganha, por exemplo, um caráter de perseguição. “Muitas vezes o griefer acaba deixando de achar aquilo divertido, mas continua a agir motivado pelo sentimento de ‘eu posso e vou atormentar’. Nesses casos, ele não tem limites nem bom senso”, explica o jogador.

Uma brincadeira de mau gosto, que mostra uma situação extrema dessa suposta forma de diversão, foi colocada em prática no final de março. Na ocasião, um grupo de piratas postou centenas de imagens animadas no fórum de uma fundação voltada a pessoas com epilepsia. Além disso, conseguiram redirecionar os leitores para sites com imagens mais complexas, capazes de disparar os ataques epiléticos em pacientes fotossensíveis e com sensibilidade a movimentos padronizados.

Os limites também são testados na internet, com freqüência, quando os espíritos de porco decidem se manifestar depois de acontecimentos que causam comoção. Na seqüência da queda do avião da Gol, em 2006, um usuário do Orkut deixou recados nas páginas das vítimas perguntando se estava muito frio na floresta (o Boeing caiu em uma região de mata fechada). Comunidades ofensivas também surgiram no Orkut depois da morte do menino João Hélio e, mais recentemente, do crime envolvendo Isabella Nardoni.

 

Motivação

José Augusto Pedra, psicólogo e presidente do Centro Multiprofissional de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar (Cemeobes), afirma que, para entender a motivação dos griefers em atormentar a vida alheia, é preciso considerar diversos aspectos – entre eles, a relação dessas pessoas com suas famílias.

“Os modelos educativos criarão nelas verdadeiras matrizes inconscientes, que serão determinantes em sua expressão, em seu comportamento, atitudes e busca de realização. Em alguns casos, esses modelos poderão gerar pensamentos de inveja, raiva reprimida, sentimentos de vingança, sensação de prazer em perturbar ou mesmo formas inadequadas e nocivas de buscar prazer e sentido na vida”, afirma o especialista.

Muitos outros fatores também podem influenciar no desenvolvimento do ser humano, diz o especialista. No ambiente virtual, onde agem os griefers, ele cita a crença na impunidade ou anonimato. O jogador Araki concorda: “a idéia de não ter de responder pelos seus atos, por estar teoricamente protegido atrás de uma tela de 17 polegadas, pode dar ao jogador um sentimento de poder”, afirma.

Habituado ao universo dos gamers, Araki esclarece que alguns jogos também instigam a ação dos griefers. Em “World of warcraft”, por exemplo, o usuário tem de escolher uma entre duas facções rivais que estão em guerra. Com isso, é natural que os integrantes de guildas rivais se empenhem para ganhar vantagem em relação aos inimigos.

 

Combate

Fernando Oliveira, supervisor do suporte da Kaizen Games, afirma que as empresas de jogos massivos -- onde entre os objetivos estão promover a cooperação, trabalho em equipe e disputas justas -- tentam coibir a qualquer custo a ação dos griefers. “A intervenção dos administradores de jogos vai desde as punições à conta até o bloqueio permanente de seu cadastro ou acesso ao serviço”, afirmou o executivo da empresa que, no Brasil, representa o universo virtual “Second life”.

Oliveira aconselha aqueles que forem vítimas das ações dos estraga-prazeres a reportar o problema para os administradores de cada produto (jogo ou site, por exemplo). Além dessa dica, um guia da Microsoft orienta os internautas a ignorar a ação dos griefers, evitar nomes provocadores e não divulgar dados pessoais, que podem facilitar a ação de intimidadores.

Data: 23/04/2008

Fonte: g1.globo.com


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