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Grampos flagram tráfico de influência na Polícia Civil.
Em um dos casos, lobista investigado pede ajuda para liberar caça-níqueis apreendidos

Rodrigo Brancatelli e Marcelo Godoy

Os diálogos gravados pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Têmis revelam não só a existência de uma rede mantida pela máfia do jogo para subornar policiais, mas também exemplificam como os lobistas usavam sua influência dentro da Polícia Civil para ajudar empresários donos de bingos e de máquinas caça-níqueis. Favores são pedidos, conversas rápidas por celulares são feitas e “presentinhos” são garantidos para manter o esquema funcionando na região metropolitana de São Paulo.

Em um dos casos, a PF gravou uma conversa entre um policial e o advogado Luís Roberto Pardo - apontado como articulador da organização suspeita de venda de sentenças judiciais em favor de bingos e devedores do Fisco. “Você conhece alguém lá do 1º (DP) de Santo André?”, pergunta Pardo. “É que um caminhão apreendido com umas máquinas do meu amigo... Dá para mexer alguma coisa?” O policial responde: “Conheço o seccional. É amigo meu. Vou ligar para ele agora.”

José Luis Costa Alvares, investigador da Polícia Civil, liga apenas seis minutos depois com a solução. “Doutor, o titular é muito nosso amigo, o doutor Fábio, e o meu delegado já está falando com ele, tá bom? O senhor manda alguém ir lá, aí ele já vai...”, diz Alvarez. O advogado ainda pergunta “em nome de quem” ele deve se apresentar na delegacia. “Fala Zé Luiz do gabinete e doutor Paulo Fleury. Depois ele (o cliente de Pardo)... aí ele vê um presente para nós, tá bom?”

Em outro diálogo flagrado pela PF, a advogada Danielle Chiorino Figueiredo, da Associação Brasileira de Bingos (Abrabin), é contatada pelo investigador Ricardo, do 9º DP, no Carandiru, considerada a melhor delegacia da América Latina. O policial deixa claro à advogada suas intenções: “Mudou aqui o delegado-titular, a chefia e precisava de um representante da Cruzeiro para bater um papo com o chefe”. A suspeita é que se tratava de definir como seria feito o pagamento de propina para permitir o funcionamento da jogatina na área da delegacia. A advogada Danielle também é suspeita de autorizar a distribuição de propina para policiais da 3ª Delegacia Seccional, em Pinheiros, na zona oeste.

‘TRANQÜILIDADE’

Segundo o inquérito da Operação Têmis - que começou em 2005 e investigou 43 pessoas, incluindo juízes e desembargadores -, o investigador Alvarez era encarregado pelo advogado Luís Roberto Pardo de resolver problemas entre os empresários donos de bingos e a Polícia Civil. Diálogos transcritos ontem pelo Estado mostram outra conversa entre ele e Pardo, em que os dois citam delegacias seccionais e até mesmo a diretoria do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) sobre quanto seria o valor do acerto para que os bingos fossem deixados em paz. “Estamos trabalhando de modo sereno. A Corregedoria vai apurar tudo para dar tranqüilidade à população”, afirmou o delegado Renato Swensson, diretor em exercício do Decap.

O investigador foi afastado depois de ser citado no inquérito da Têmis e exerce função burocrática na portaria do Departamento de Polícia da Macro São Paulo (Demacro), que cuida das delegacias da região metropolitana. O Estado procurou Alvarez, mas não o localizou. O mesmo ocorreu com o delegado Paulo Fleury. Filho do delegado Sérgio Paranhos Fleury, Fleury trabalha na Delegacia Seccional de Carapicuíba, na Grande São Paulo - em 2003, ele foi investigado depois de presentear secretárias de uma juíza corregedora com bolsas Louis Vuitton falsificadas.

O único investigador de nome Ricardo do 9º DP trabalha agora no 10º DP, da Penha. Ele não foi encontrado. O advogado de Danielle, Roberto Delmanto Junior, afirmou que ela nunca participou de qualquer esquema de corrupção. O contato com os policiais seria necessário apenas porque “normalmente eles fazem bicos como segurança nos bingos”. Ainda segundo Delmanto, “Danielle tem patrimônio módico, é formada há pouco tempo e cobra apenas R$ 750 para advogar”.

Data: 26/06/2007

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