Na convenção de segurança BlackHat, foram divulgados dados de que, entre 2006 e 2007, o número de hackers que atacam bancos aumentou em 81%. Especialistas da SecureWorks declararam ao site InformationWeek que o número de hackers que perseguem clientes de empresas de crédito também aumentou em 62%.
O aumento não está diretamente ligado ao crescimento do número de autênticos hackers, mas sim ao fato de que não é mais necessário ser especialista para roubar este tipo de informação e ter acesso às contas: basta comprar na Internet ferramentas hacker e malware e possuir habilidades básicas.
Com algumas centenas de dólares e o site certo é possível comprar um pacote para exploração de falhas e o malware. 'Você coloca estes componentes em um site e imediatamente começa a infectar pessoas. O que você precisa realmente saber neste ponto é como fazer um site', explicou Joe Stewart, analista de segurança sênior da SecureWorks.
Entre junho e dezembro de 2006, a SecureWorks mensalmente bloqueou ataques de 808 hackers aos bancos que são clientes seus. De janeiro a junho de 2007, o número de ataques aos clientes da SecureWorks aumentou para 1.462. O número é alto também no que tange a empresas de crédito: de 1.110 hackers por operadora ao mês, hoje são vistos 1.799.
Vírus trojans como o Gozi, Prg e BBB, sozinhos, foram responsáveis por milhões de dólares em prejuízos decorrentes da divulgação indevida de dados que referenciavam números de contas e cartões de crédito, além do número de segurança social, nomes de usuários e senhas.
A firma de segurança RSA noticiou no começo do ano que um kit hacker perigoso chamado 'Universal Man-in-the-Middle Phishing Kit' estava sendo vendido por cerca de US$ 1 mil em sites hacker.
O site The Inquirer ainda acrescentou que se os hackers não podem utilizar as informações que roubaram é fácil vendê-las online para outros cibercriminosos mais avançados
Data: 18/09/2007