Análise realizada pela X-Force, equipe da IBM, especializada em ameaças on-line, alerta que os ataques estão cada vez mais agressivos. Alvos são o roubo de identidade e o controle remoto das redes. Os hackers, aponta o estudo, fornecem ferramentas para impedir a detecção do "ataque" pelos sistemas de segurança.
Em 2006, mostra ainda o levantamento, somente uma pequena porcentagem de criminosos utilizava essas ferramentas. No primeiro semestre do ano passado, elas cresceram 80% e alcançaram quase 100% no final do ano. Segundo a X-Force, as técnicas devem continuar se proliferando neste ano.
Através delas, os hackers podem se infiltrar em um sistema de usuário e roubar logons e senhas, ou ainda, obter informações pessoais como números de documentos e cartões de crédito. Quando os criminosos invadem uma máquina corporativa eles podem ter acesso a dados sigilosos da empresa ou até aos ativos protegidos pelo firewall.
"Nunca foram tomadas medidas tão agressivas por hackers no que diz respeito à infecção, propagação e evasão de segurança. Ao mesmo tempo em que os profissionais de segurança computacional conseguem algumas vitórias, os criminosos vão adaptando suas abordagens e continuam causando impacto sobre as experiências dos usuários", diz Rogério Morais, executivo da IBM Internet Security Systems (ISS) no Brasil.
O Storm Worm, o mais grave dos ataques de Internet do ano passado, continua infectando computadores por todo o mundo através de softwares maliciosos (malware), spams e phishing.No ano passado, houve aumento de 30% no número dessas ferramentas de ataque identificadas pela X-Force.
O novo relatório da X-Force da IBM também revela que:
- O número de vulnerabilidades graves de segurança nos computadores cresceu 28%
- O número total de vulnerabilidades apresentou queda pela primeira vez em 10 anos
- De todas as vulnerabilidades reveladas no ano passado, somente 50% podem ser corrigidas através de patches de fornecedores.
- Quase 90% das vulnerabilidades reveladas em 2007 são remotamente exploráveis.
O relatório ainda aponta que, pela primeira vez, o número de spams por e-mail diminuiu nitidamente se comparado aos níveis anteriores em 2005. A X-Force acredita que esta redução está ligada à queda de spams baseados em imagens.
A queda pode ser considerada uma vitória para o segmento de mercado de segurança, entretanto, à medida que as tecnologias anti-spam se tornam mais eficientes na detecção de spam baseado em imagem, os spammers se concentram em novas técnicas
Data: 02/04/2008