Destacar continuamente e nos termos corretos a importância de seus esforços junto a outros líderes da empresa é o melhor caminho.
Com a atual conjuntura econômica, especialmente nos Estados Unidos, muitos gerentes de projetos de TI percebem que seus orçamentos devem ser enxugados nos próximos meses conforme as empresas buscam ajustar seus gastos.
Ao destacar continuamente e nos termos corretos a importância de seus esforços junto a outros líderes da empresa, os executivos de segurança em TI podem conseguir minimizar a extensão dos cortes em suas finanças e manter projetos importantes vivos, de acordo com uma série de diretores de segurança (CSOs).
Durante a conferência CSO Perspectives, realizada esta semana em Atlanta (EUA), Boulton Fernando, CSO do IndyMac Bank, destacou os desafios enfrentados pelos líderes de segurança em tempos de recessão econômica. Ele próprio disse estar passando por uma dessas reduções forçadas de orçamento.
Através de um planejamento forte e um pensamento inovador, diz ele, os progressos podem continuar sendo feitos no que tange a segurança de TI, ainda que os executivos tenham que detalhar e “chorar” cada centavo gasto em sua área.
“Minha agenda para 2008 inclui a sobrevivência. Temos que descobrir como conseguir isso mesmo em meio a dificuldades e desafios, e focar em como manter as luzes acesas em 2008 e ainda conseguir chegar mais forte a 2009”, disse Fernando. “Parte dos planos era mostrar aos diretores os projetos que gostaríamos de colocar em prática, mas que não poderíamos arcar e eles, em contrapartida, disseram que ainda precisamos trabalhar muito nessas coisas”, revela. “Quando você lhes pergunta como solucionar esse tipo de problemas e lhes pergunta o que esperam que você faça, eles normalmente colocam as mãos nos bolsos.”
Em alguns casos, a melhor estratégia para manter um projeto vivo em meio a orçamentos enxutos é reduzir a implementação de novas tecnologias e dedicar esforços a ações de prevenção de riscos, diz o CSO.
Outra tática útil é tentar conduzir projetos que tenham consumido mais esforços operacionais, como de gerenciamento de senhas e identidades, e levá-los a outras áreas do departamento de TI.
Focar em projetos verdadeiramente estratégicos dificultará o corte de orçamentos para segurança, sustenta Fernando.
O outsourcing pode ser outra estratégia que amplia seu real alcance em fases de retenção de orçamentos, e as companhias devem se assegurar de que estão contratando os serviços pelas melhores taxas antes de retirar da empresa qualquer de suas operações, destaca Fernando.
Outros CSOs disseram que cortar a gordura dos orçamentos de segurança onde quer que seja possível, bem como apresentar planos de gastos da forma mais direta são chaves para a defesa contra o corte de custos.
“Você precisa começar assumindo que não conseguirá todo o dinheiro que pedir. Portanto, decida aquilo que vai precisar e apresente um orçamento 10% superior. Se você fizer uma abordagem com a realidade econômica em mente, será muito mais fácil conseguir aquilo que você procura”, aconselha John Stewart, CSO da Cisco Systems.
“Também é importante cortar qualquer coisa que você possa não conseguir entregar; você não deve pedir dinheiro para coisas que não conseguirá fazer e correr o risco de perder verba em orçamentos futuros”, completa Stewart.
Durante a conferência Source Boston 2008, outros líderes de segurança em TI deram conselhos parecidos em relação ao uso de planejamento detalhado e a amarração de projetos a iniciativas de negócios maiores dentro da empresa para prevenir que alguns dólares sejam retirados de seu orçamento.
Data: 08/04/2008