A rede social Facebook deve adotar mais de 40 novas medidas de segurança para proteger jovens usuários do site de relacionamentos dos criminosos sexuais e do cyberbulling --assédio ou humilhação sofrida pela internet. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (8) por representantes de diversos Estados dos Estados Unidos, que assinaram um acordo com a empresa de internet.

As mudanças incluem banir do site pessoas condenadas por crimes sexuais, limitar o uso por pessoas com menos de 18 anos --encontrando melhores formas de verificar sua identidade-- e enviar mensagens de alerta quando jovens correm riscos ao divulgar dados pessoais para um adulto.

"O acordo marca um divisor de águas para a segurança nas redes sociais, protegendo crianças dos predadores on-line e dos conteúdos impróprios", afirmou o representante do Estado de Connecticut, Richard Blumenthal. Autoridades de 49 Estados e de Washington DC assinaram o acordo.

O Facebook, que possui mais de 70 milhões de usuários ativos no mundo todo, ainda ainda está aprovando todas as mudanças, embora algumas já estejam funcionando, afirmou a empresa nesta quinta-feira.

"Construir uma experiência on-line segura e confiável é parte dos ideais do Facebook desde o princípio", afirmou Chris Kelly, responsável pela área de privacidade do site.

As mudanças no Facebook também incluem assegurar que os anunciantes sigam as normas de segurança e de privacidade do site, remover grupos ou imagens que sugerem envolvimentos com incesto, pedofilia, bullying ou qualquer outro conteúdo impróprio e investigar o perfil de usuários que pedem para mudar de idade.

As autoridade também negociam com o MySpace para que sejam tomadas medidas mais severas de proteção on-line aos jovens. Atualmente o site de relacionamentos da News Corp é o mais popular no mundo, com 200 milhões de usuários.

Orkut

No Brasil, a CPI da Pedofilia investiga a existência de pornografia infantil no site de relacionamentos Orkut, o mais popular no país.

Na terça-feira (6), a comissão afirmou que mais de 500 usuários do site foram flagrados em crime de pedofilia. Eles estão entre os donos de 3.261 álbuns privados do portal que tiveram o sigilo quebrado pelos parlamentares.