Os vírus foram os problemas mais identificados por especialistas de TI das empresas brasileiras nos últimos doze meses, de acordo com a 3ª Pesquisa Sobre Uso da Tecnologia da Informação e da Comunicação divulgada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). A ameaça é a mais citada pelos brasileiros independentemente do tamanho das companhias, da região ou do segmento em que elas atuam.

Os Cavalos de Tróia (ou trojans), programas que permitem que usuários mal intencionados roubem senhas e executem comandos maliciosos remotamente, ficaram na segunda posição em todos os subgrupos. A terceira resposta mais ouvida pelos entrevistadores foi de especialistas que disseram não ter identificado nenhum tipo de ameaça no último ano.

Grandes empresas, grandes ameaças
As companhias com 250 funcionários ou mais, que também citam vírus e trojans como as ameaças mais recorrentes, têm ainda que enfrentar problemas mais complexos. Os especialistas de TI dessas corporações se queixam mais de acessos interno e externo não autorizados e fraudes. Além disso, o roubo de notebooks, PDAs e outros dispositivos móveis é maior do que a soma do mesmo crime nas pequenas e médias empresas.

As grandes também são as que mais reclamam de dificuldades na hora de contratar profissionais de TI. Em seguida, vêm as empresas que têm de 10 a 49 funcionários e, depois, as de 50 a 249.

O NIC.br realiza, pelo terceiro ano consecutivo, uma radiografia da Tecnologia da Informação Corporativa (TIC). A pesquisa inclui dados sobre uso da Internet, governo eletrônico e disseminação de novas tecnologias.

Segurança no Brasil
Segundo a pesquisa, menos da metade (40%) das empresas que tem a partir de 10 funcionários possui uma política de segurança ou de uso aceitável de recursos de TI ou comunicação. No entanto, essa prática aumenta de acordo com o porte da empresa, chegando a 81% naquelas que têm a partir de 250 funcionários. Sudeste e Sul possuem os maiores percentuais de empresas com programas de treinamento em TI para os funcionários: 27% e 26%, respectivamente. A menor taxa é de 19%, do Nordeste.

A pesquisa conclui ainda que o uso das tecnologias de segurança (antivírus anti-spyware, firewall etc.) se mantém constante entre 2006 e 2007. Uso do anti-spam cresceu 18 pontos percentuais o que sugere uma ação efetiva para controle destes e-mails.

A pesquisa foi realizada com 2,3 mil empresas com 10 funcionários ou mais, entre outubro e novembro de 2007, em todo o território nacional.