País diz que não há garantia de segurança de uma urna e, além disso, também teme armazenar votos na memória de um computador.
O governo da Holanda proibiu o uso de urnas eletrônicas devido ao risco de fraudes. O país voltará a utilizar cédulas de papel, revelou o Ministro de Negócios Internos na sexta-feira (16/05).
“Pesquisas indicam que não há garantias da existência de uma urna segura, que não permita espionagem dos votos. Desenvolver novos equipamentos requer grande investimento - financeiramente e em termos de organização. A administração julga que a urna eletrônica oferece menos valor do que a votação em papel”, declarou o ministro.
O governo também sugeriu impressoras comuns como alternativas a máquinas que armazenam a contagem de votos em sua memória.
Um grupo de especialistas dispensou a opção da impressora, pois conclui que, mesmo com testes regulares em cada equipamento, não é garantido que todos os dispositivos estejam de acordo com os limites de emissão exigidos, o que mantém a possibilidade de espionagem à distância.
Os responsáveis pela eleição iniciarão dois testes. Em um deles, uma pessoa lerá o voto selecionado na cédula e outra contará o voto digitalizando um código de barras. O outro teste usará um dispositivo voltado à contagem.
Um grupo local que se intitula “Não confiamos em computadores de votação” publicou uma nota em seu site declarando vitória e citando sentenças anteriores contra urnas eletrônicas - nos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Irlanda e Itália.
Data: 03/06/2008