Fundador da Kaspersky critica a concorrência por não adotar tecnologias como whitelisting e afirma que a indústria está vivendo uma revolução.
Por Vinicius Cherobino, do COMPUTERWORLD
08 de outubro de 2008 - 15h33
Irônico e provocativo, Eugene Kaspersky não poupou ataques aos concorrentes da indústria de segurança. O fundador da empresa russa de capital privado que leva o seu sobrenome afirmou que a concorrência esteve parada desde 1993 apenas refazendo as tecnologias existentes - basicamente vacinas e alguma heurística.
"Falo revolução porque, em 2008, a indústria entrou em pânico ao descobrir que o antivírus tradicional não funciona para as pragas que temos hoje", disse. Ele garante: "enquanto os outros falam, já temos whitelisting, controle de aplicações e bloqueio por comportamento" .
Especialistas já afirmaram que o antivírus morreu por conta da incapacidade do modelo baseado em vacinas e heurística proteger contra os ataques atuais.
Ele criticou também o discurso de que o antivírus transformou- se em commodities. "Enquanto eles falam que Anti Vírus é commoditie, não investem em laboratórios e tecnologias", provocou.
No Brasil para oficializar a nova linha de antivírus da empresa e garantir que o País e a região latino-americana terão atenção especial da Kaspersky (o escritório brasileiro foi aberto em abril), Eugene falou sobre as perspectivas de faturamento da empresa. De um faturamento de 24 milhões de dólares em 2004, a companhia espera receita de 370 milhões de dólares em 2008.
Questionado na parte de perguntas e respostas sobre a possibilidade de vender a empresa, a resposta de Eugene Kaspersky foi imediata: "Não falo sobre ser adquirido. É o meu brinquedo favorito, não vou vender".
Data: 12/10/2008 23:15:46