Envolvido e apontado como o “cabeça” de quadrilha na operação Muro de Fogo, da Polícia Federal, em 2007, foi preso novamente envolvido em esquema de golpes pela internet, por clonagem de cartões e invasão em contas bancárias. Igor Félix Cherim, 28 anos, foi flagrado pela Polícia Civil, no fim da noite de terça-feira (10), após longa investigação promovida pela Delegacia de Tóxicos e Combate a Crimes contra o Patrimônio.
Em posse do autor foram encontrados quase R$ 20 mil em dinheiro, além de um pendrive que tem em sua memória todas as ações fraudulentas que vinha executando. Segundo o delegado Edson Moraes, a suspeita de que Igor continuava promovendo crime de estelionato, há cerca de seis meses, motivou o início da investigação. Após acompanhar os passos do suspeito, a PC identificou também um segundo envolvido – Paulo Ricardo Pereira Félix, 21 – e confirmou a movimentação constante de ambos em agências bancárias e lojas.
Na terça-feira, a polícia abordou Paulo na rua, sendo encontrados com ele dois cartões clonados. Sem justificativa, o envolvido resolveu colaborar com os policiais e os levou até Igor. Paulo declarou que recebia de Igor 10% de comissão do valor sacado e utilizado em compras com os cartões clonados.
Ao chegarem à residência de Igor, no bairro Residencial Estados Unidos, o autor foi flagrado inserindo dados de possível vítima em seu notebook. O computador portátil foi apreendido, bem como um pendrive com as informações do esquema ilícito.
De acordo com Moraes, na memória do pendrive, além de quebra de senhas de contas particulares e de empresas, havia dados de clientes do sistema bancário, onde os mesmos efetuavam pagamentos de dívidas e realizavam compras e saques utilizando cartões clonados. Numa única pasta, por exemplo, há informações de retirada superior a R$ 15 mil de um único banco, tendo vários clientes como vítimas, em apenas um dia. “Ainda não é possível mensurar o tamanho dos danos que o golpe proporcionou às instituições financeiras e nem a magnitude do esquema fraudulento”, afirma o delegado.
Ainda na noite de terça-feira, Igor e Paulo foram levados para a 15ª DRPC. Antes de ser detido, Igor pediu aos policiais para falar em particular com inspetor da PC. A conversa foi gravada em vídeo e, na ocasião, Igor ofereceu ao inspetor a quantia de R$ 20 mil para que quebrasse o pendrive. Diante dos fatos, Igor foi autuado por estelionato e corrupção ativa.
Além do notebook, dos R$ 19.384 em dinheiro e do pendrive, foram apreendidos mais R$ 2.111 em cheques da Caixa, quatro celulares e dezenas de cartões clonados.