Data: 5/8/2006
A expedição “Redescobrindo o Rio Paraíba do Sul - A oportunidade vem das Águas”, promovida pelo Instituto Ecológico e de Proteção aos Animais (Iepa), será um dos destaques da IV ECOVALE (Encontro do Meio Ambiente do Vale do Paraíba). O evento acontece de 3 a 5 deste mês, em Taubaté. O encontro é organizado pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP), e objetiva debater questões relacionadas ao crescimento econômico do País e os aspectos ambientais necessários para essa questão. Serão três dias com palestras, debates e exposições.
No evento, o IEPA irá expor seu trabalho na região, além de apresentar seu mais novo projeto: expedição “Redescobrindo o Rio Paraíba do Sul ". A mostra contará com os equipamentos que serão utilizados durante a expedição, entre eles um jipe, botes e também fotos que mostram outros trabalhos do instituto -- uma Organização Não-Governamental (ONG), sediada em São José dos Campos (SP).
O objetivo do instituto é sensibilizar empresários e governantes para o projeto que representará um marco para a região banhada pelo rio, na qual vivem 14,2 milhões de pessoas. As águas do Paraíba do Sul têm uma relação direta com um dos maiores pólos industriais e tecnológicos do País, responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O grupo irá percorrer toda a extensão do Paraíba do Sul: da nascente, em Silveiras (SP), até a foz, em Atafona (RJ). O estudo vai se concentrar no eixo São Paulo – Rio, além do sul de Minas Gerais. Serão 182 cidades e 1.150 quilômetros. Durante o percurso serão coletados dados com o objetivo de levantar conteúdos diversos sobre meio ambiente e oportunidades de negócios.
A meta é o uso racional do Paraíba do Sul e seus recursos de forma a gerar riquezas não apenas para empresas, mas para toda a comunidade, principalmente a ribeirinha. Ao ser concluído, o trabalho resultará na produção de um vídeo-documentário em DVD, livro e cartilha para estudantes. A expedição também coletará amostras de água em diferentes pontos do rio para análise. No total, o projeto terá cinco anos. A cada 12 meses, a equipe levantará um tema de importância para região. Ao longo desse período, várias informações serão coletadas e trabalhadas em conjunto com entidades e universidades.
A primeira etapa da expedição, marcada para março de 2007, será feita em aproximadamente 60 dias. Na água, três equipes (com 12 pesquisadores). Outros 12 profissionais seguirão por terra em veículos equipados com GPS conectados a uma central de comunicação. Estes recursos, de última geração, permitirão enviar notícias em tempo real.
APOIO - O projeto -- orçado em cerca de R$ 3 milhões -- já conta com o apoio de várias empresas, entre elas a Atmos Radar, BoldCron e Embravant. A Atmos vai ficar encarregada de informar as condições climáticas. A Embravant é empresa especializada na produção de veículos aéreos não tripulados (VANT) equipados com sistema de pilotagem e navegação baseados em GPS e outros sensores. A parceira irá ceder uma aeronave, equipada com uma câmera de vídeo, que será responsável por transmitir as imagens aéreas. Para que tudo isso seja transmitido em tempo real pelo site www.iepa.org.com.br, a empresa brasileira, BoldCron, entra em ação.
"São 40 profissionais envolvidos num trabalho de 5 anos de pesquisa. Estamos planejando todo o ciclo de trabalho, que será complexo, mas repleto de surpresas para toda comunidade", garante o biólogo e idealizador da expedição, Marcelo Godoy.
SERVIÇOS Mais informações no site www.ecovale.org.br
Local do evento: Hotel Fazenda Mazzaropi Estrada dos Remédios - 2380 - Bairro dos Remédios - Taubaté (SP)
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