O programa de preservação da região que compreende a Bacia do Rio Grande em Ubatuba teve início nesta quinta-feira, 25, e terá a duração de dois meses. Nesta primeira fase, serão plantadas duas mil mudas de plantas nativas entre Jequitibá, Pau-jacaré, Guapuruvu, Araçá, entre outras. São mais de 200 variedades de plantas doadas pelo grupo Votorantim. O programa é desenvolvido pelo Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte (CBH/LN), que tem como presidente o prefeito de Ubatuba, Paulo Ramos (PFL). Este programa conta com apoios do Instituto Florestal (IF), Polícia Ambiental, Associação Amigos do Pé da Serra, Unitau e secretarias municipais de Agricultura, Arquitetura, Meio Ambiente e Obras da Prefeitura de Ubatuba. Cerca de 30 pessoas participaram neste primeiro dia de reflorestamento. Estiveram presentes o prefeito Paulo Ramos, secretários municipais de Agricultura e Meio Ambiente e membros das entidades que participam do programa. A área de produção hídrica da Bacia do Rio Grande tem cerca de 80% dos três mil hectares totalmente intacta e protegida pelo Parque Estadual da Serra do Mar. As mudas estão sendo plantadas antes da área onde ocorre a captação de água para abastecimento de cerca de 88% da população de Ubatuba. Segundo Paulo Ramos, o reflorestamento ocorre na área que apresenta maiores problemas, como a ocupação desordenada, o que reflete na quantidade e na qualidade da água. A coordenadora do grupo de trabalho, Viviane Buchianeri do IF, explica que na área de reflorestamento existem fatores que podem oferecer riscos de doenças à população. Entre os riscos estão a captação clandestina de água que é desperdiçada 24 horas e retorna para o leito do rio em forma de esgoto e a criação de animais como porcos, patos, cachorros entre outros, que produzem excrementos que também poluem e comprometem o curso da água. Buchianeri informa que este trabalho ocorrerá durante o ano inteiro e que o total de mudas doadas pelo grupo Votorantim será de 20 mil. “Com o reflorestamento das matas ciliares estaremos preservando a fonte de abastecimento do município”, afirma Buchianeri. A duas mil mudas chegaram em dezembro dentro de tubetes. Foram transplantadas para saquinhos até atingir o tamanho ideal para o plantio, que é de um a dois metros. Neste tamanho ficam imunes à pragas e doenças. Neste período, houve a participação dos alunos da escola do Horto que também tiveram palestras ecológicas. Enquanto as mudas cresciam nos viveiros do IF, a Associação dos Moradores do Pé da Serra e diversos órgãos ambientais identificaram e cadastraram as principais áreas para o início do reflorestamento das matas ciliares. Este programa faz parte do Plano de Manejo da Bacia do Rio Grande, que busca soluções para a manutenção da quantidade e da qualidade da água fornecida à população de Ubatuba.Data: 03/01/2007
Fonte: www2.uol.com.br/jornalasemana/edicao181/mat2.htm
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