Máquinas valem aproximadamente R$ 4,7 milhões; também foram apreendidos R$ 277 mil em dinheiro

MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal apreendeu ontem 732 caça-níqueis que estavam em um depósito clandestino no fundo do bingo Matarazzo, na zona oeste de São Paulo. Foram apreendidos em um cofre R$ 150 mil, US$ 60 mil e 4.000, tudo em notas. A soma do dinheiro apreendido equivale a cerca de R$ 277 mil.

O cofre estava em uma das duas salas secretas que os policiais encontraram após quebrar uma parede no fundo de um armário no escritório do bingo. Além de dinheiro, foram apreendidos documentos nas duas salas secretas.

As máquinas valem cerca de R$ 4,7 milhões, segundo um empresário do setor ouvido pela Folha. A maior parte dos caça-níqueis (519 exatamente) era para um jogador só e vale cerca de R$ 5.000 cada. Já 213 delas eram para dois jogadores e valeriam R$ 10 mil cada.
O bingo Matarazzo está lacrado pela prefeitura, mas o depósito recebia caça-níqueis retirados de outras casas de jogos. Nas máquinas apreendidas estavam colados papéis que parecem indicar o local onde elas estavam. Numa delas estava escrito "Circus Moema - 22 máquinas". Outras traziam nomes de cidades do interior.

O delegado Diógenes Perez, da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, diz que a PF já tem o nome de alguns suspeitos de serem os donos das máquinas, mas ainda é cedo para divulgá-los. A polícia suspeita que as máquinas pertençam a Carlos de Carvalho Crespo, um dos maiores fabricantes de caça-níqueis do país.